quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Natureza


 NaturezaEfigênia Coutinho

Quando entro numa floresta, ajoelho-me,
porque ela é a mais antiga das Igrejas,
aquela em que o primeiro homem ergueu ao céu
a sua primeira prece: saudação à Natureza!

Não há sacerdotes nesta Igreja, nem velas no seu altar,
nem fumos de incenso, que saiam dos turíbulos
de prata! Há uma multidão silenciosa,
que estende os braços robustos para o alto...

E, sobre aqueles braços, uma multidão de mãos,
se abrem para implorar a vida ao sol,que tudo cria.
A natureza mais sábia, soube na Floresta preparar
bálsamos diversos, para todos os males da alma.

Porque todas aquelas folhas verdes e sussurrantes
ao vento, dizem a sua prece no murmúrio misterioso
duma língua sem palavras, tudo reza: rezam as folhas,
e com elas os insetos da Terra nos ramos entre a cortiça!

Eu me encontro como uma criança, num berço onde a
vida germina e cresce, lenta, esperançosa, apontando 
a Natureza Futurecida! Nasce-se e morre-se a cada hora
a cada minuto naquele berço esmeraldino e fresco...

Brasil, Rio de Janeiro,30,10.2003


2 comentários:

Arte & Emoções disse...

Fiquei muito feliz com a tua visita e teu amável comentário. espero que voltes mais vezes, pois será sempre um prazer renovado. Sabes o quanto é bem-vinda no nosso humilde espaço. Amei o teu poema. Tão belo quanto a própria Natureza. Esta obra magnífica que DEUS nos presenteou.

Beijos e um ótimo final de semana para ti e para os teus.

Furtado.

Literatura & Companhia Ilimitada disse...

Olá amiga Efigênia! Mais uma vez, passando para apreciar mais um dos teus belos poemas, agradecer a tua visita, teu amável comentário e, especialmente, para te desejar um excelente Natal e um magnífico 2014, repleto de muito amor, paz, saúde, felicidades e realizações, extensivo a todos os teus familiares.

Beijos e fiques com Deus.

Furtado.