sexta-feira, 6 de junho de 2014

Antanho

AntanhoEfigênia Coutinho


Nem do próximo,
Nem do passado,
O presente ficou rasgado.
Os livros permanecem fechados,
Os lápis de pontas quebradas,
Jogados...
Como ilusões estilhaçadas.
Os blocos continuam
Com folhas em branco,
Como céu de nuvens esbranquiçadas...
Molhados pelo pranto
Que em gotas desnudam
Todo o desencanto...
Tolhendo aquele sorriso franco.
O Mar, muito aconchegante,
Com sua marinha espumante,
Macia para viver,
É a única testemunha
Dos altos vôos marinheiros,
Sem ver os luzeiros
Dos afãs de meu ser!
Balneário Camboriú

Um comentário:

Duarte disse...

Um então, que bem pode ser um hoje.
O mar, esa fonte de inspirações sem fim. Mas não se deve deixar de navegar nessas ondas de mar bravo, ou nesse Sol do fim da tarde, com o verso, belo!
Abraço-te